quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Igreja. Um poço de erros, mas com alguns acertos.

A Folha de São Paulo publicou hoje matéria intitulada Igreja critica Lula e diz que petista entregará país em situação precária a sucessor.

A reportagem, de Maurício Simionato (comentário infame: esse sobrenome quer dizer "nascido macaco" em latim?) apresenta o documento da igreja católica intitulado "Análise da Conjuntura". Não explico outros detalhes porque podem e devem ser lidos diretamente na matéria, mas me vejo na obrigação de comentar os principais pontos.

Embora discorde de boa parte do que a igreja diz, devo tirar a boina pra esse documento. Finalmente a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) faz frente ao que realmente importa e quem sabe assim, fiéis de todo o país deixem de depositar a bomba na mão de Deus, compreendendo que se a situação está ruim e é erroneamente maquiada de favorável, a solução é não dar continuidade a ela. Deus não tem culpa de nada. Nem se for realmente brasileiro.

O problema que enfrentamos é deixar desajustados no comando do país e isso infelizmente não começa e nem termina no molusco. Está claro que tudo o que foi feito até agora não teve outros objetivos que não "popularizar" o imbecil mór da nação.

E o documento, embora não oficial, é claro em diversos trechos: "Fazendo de conta que a crise é apenas financeira e que o capitalismo encontrará uma solução tecnológica para os problemas de energia e de meio-ambiente, Lula entregará a seu sucessor (a) um país em situação tão precária quanto a que recebeu, com o agravante de um contexto mundial em recessão e não em crescimento".

Me parece muito coerente a análise sobre antecipação de uma crise ecológica no país, gerada pelas sempre engenhosas (e porque não, clichês) soluções anti-crise econômica. Diz outro trecho: "Tudo se passa como se o aumento da produção para a exportação fosse uma solução e não um paliativo que adia a crise econômica, mas antecipa a crise ecológica, que é muito mais grave e que prejudicará mais os mais pobres do que os ricos".

Agora me pergunto porque seu dignissímo presidente insiste em tratar por "marolinha", um tsunami que não apenas já está atingindo o país, como pode causar muito estrago se não for tratado sem firulas.

E a resposta vem tão clara quanto o documento da CNBB: Porque a "marolinha" vai atingir apenas a orla, que é o povo, e não o forte, que é sua popularidade maquiada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Rubão, o problema tem sido esse desde que o pelego-mor assumiu o "pudê", mentir, mentir e mentir sem se preocupar com o que realmente importava.
Assim, foram sempre maquiando os números e quando havia alguma divergência contra o governo(hahaha)elles logo limpavam a área trocando toda a diretoria por militontos devidamente engajados.
Foi assim com o ibge e mais recentemente com um outro órgão cujo nome não me lembro.
Aparelhar, mentir, maquiar, enganar, esse o modus operandi do partidão e de seu chefão.